sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Politica.mente in.cu.recto!

Desde os primórdios da humanidade - portanto, desde há cerca de 25 anos - houve sempre quem nos tentasse incutir o “politicamente correcto” como um modo de estar e uma filosofia de vida a aceitar de bom grado. Como se existisse essa necessidade de sermos politicamente correctos para sermos aceites num círculo mais abrangente de interesses comuns aos nossos e aos outros. Pois bem, é verdade que o Homem é um animal social, mas não é menos verdade que para o ser plenamente necessita de ganhar o respeito e admiração dos seus pares. E é exactamente aí que o politicamente correcto não entra, fica de fora, sendo necessária uma intervenção firme e distinta para que o indivíduo em questão possa sobressair e consiga ultrapassar o chamado “pensamento rebanho”, o pensamento que nos vai acomodando na nossa pequenez e nos vai tornando mais infrutíferos nas nossas acções. Daí a perigosidade do “politicamente correcto”, até na questão semântica, senão reparem: se por um lado nos diz que “política mente” – algo que é já tomado como verdade provada na nossa sociedade -, logo depois classifica esse logro como sendo algo “correcto”(!), tornando assim uma expressão aparentemente inofensiva numa fraude directa e ofensiva com a qual não podemos continuar a pactuar de modo inerte. Venho por isso defender uma outra expressão que contrarie este ardil. Uma vez que política mente, todos nós gostaríamos de remeter toda a mixórdia de mentiras que dali sai para dentro (“in”) do recto (vulgo cu) desses artistas de primeira linha (vulgo políticos). E, como modo de reforçar esta ideia, concedo-me a liberdade de referir duplamente e de modo diferente a portaria de saída dos excrementos do nosso aparelho digestivo, vulgo cu, vulgo recto.
Viva o politica.mente in.cu.recto!!!
Adeus e até já

4 comentários:

Afonso disse...

Já faz anus que a política mente.

sofya disse...

"infrutíferos... perigosidade... logro... inerte... fraude... ardil... mixórdia... excrementos..." -- sucintamente aqui está a nossa visão actual de política.

The Abo disse...

braz ao poder

Anónimo disse...

aconselho o livro Discurso sobre o filho-da-puta e discurso sobre o filho-de-deus do Alberto Pimenta