Era mesmo espectacular, Osório, o barman.
Mais uma sexta-feira, mais um show. O sítio estava apinhado e Osório estava em alta. Com o seu colete lilás vestido e o seu cabelo curto encharcado de gel com suor, Osório fazia o que queria daquela garrafa. Ele era ela. Ela, que também não gostava de deixar ninguém pendurado, era ele. Passava-a por cima dos ombros, por baixo das pernas. Atirava-a ao ar e apanhava-a por trás das costas depois de rodopiar. Uma morena de olhos verdes lá ao fundo que olhava para ele com olhos de desejo já lhe tinha despertado a atenção. Escolheu-a como alvo do seu olhar felino enquanto fazia o seu truque mais famoso, o "ombro amigo", no qual apanhava a garrafa com o ombro, equilibrando-a em tão traiçoeiro patamar do corpo humano.
"Bem, já chega" pensou a certa altura. O whisky já estava no copo, só faltava a cola.
Ao levar a mão para girar a tampa apercebeu-se no último milésimo de segundo da enorme estupidez, mas já era tarde...
Já só teve tempo de ouvir um dos seus neurónios a gritar "Nãããããããã....!"
sábado, 2 de fevereiro de 2008
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3 comentários:
são cenas de copos...
Vi a capa do Diário de Noticias...
Pobre Osório.
mas que descuido foi esse do pobre Osório??!
como é que um barman de tal gabarito se foi esquecer do elementar: "não agitarás a tua garrafa de cola em vão??"
nem o olhar felino o salva desta!
:)
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