quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Parre Curre

- ...Tou-te a dizer! E havia uma que era tailandesa! Que até fumava com a..

Peço desculpa, estava a falar ao telemóvel.

Descobri há uns tempos que existe um novo passatempo entre a juventude urbano-depressiva. Chama-se Parkour. Consiste um pouco em "meteram-nos a morar nestes blocos de cimento, o que nos resta senão saltar de varanda em telhado e vice-versa" ou numa nomenclatura mais técnica "Cajó salta c******, ou então manda as bolotas e caguei pa ti!"
Os pioneiros desta forma de arte abstracta quiseram, originalmente, baptizá-la de Strimpinkuelvis, cujo significado é "treino intensivo para fuga às autoridades nos dias de Bingo, à terça".
Esse nome, porém, já tinha sido registado...
Sempre creativos e "desenrascas", estes visionários resolveram então chamar-lhe Parkour, que significa "branco é, galinha o põe" em aramaico.
Tem sido, de facto, um sucesso entre os citadinos. Principalmente entre os jovens. A Sony queixa-se que o Parkour fez descer as vendas da nova Playstation em 62%, enquanto os pais, sempre atentos e "amigos do seu adolescente", choram pelos tempos em que o seu Bernardo saltava, berrando, apenas quando queria o seu "Action Thunder War Foot Massage"... (que nostalgia... ;)
Pois é, os tempos são de facto, outros. Mas olhemos em frente com esperança! A tradição ainda consegue ser o que era! Apesar de todo o mérito que o Parkour tem como cena fixe, quem não continua a apreciar um bom Descolar de Aviões Junto ao Aeroporto, esse sim, o grande Ex Libris da tradição urbano-depressiva portuguesa!


(dizer última parte em crescendo, de indicador no ar, agitando-o com veemência em cada sílaba tónica)