sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Bolor

Cinzenta é a veia da vida
que bombeia para o vazio
inconsciente dor reerguida
duma alma já despida
que do cinzento só sente o frio...

O que foi esvai-se num eco
acre vestígio de sensações
o chorar corre em seco
os impulsos eu defeco
já não se ouvem as canções...

Da essência não se vê rasto
a chama trémula perdeu o esgar
o vazio já sinto gasto
que sentimento tão nefasto!
da apneia saio para sonhar...

Se restam os sonhos, que seja
mais do que a vida sao genuínos!
o fácil a fé almeja:
toca a beber uma cerveja
e a calar os violinos!



(Somewhen in 2006...)